Mineiros

Comunidade Quilombola do Cedro

        A criação da comunidade ocorreu de modo diferente da maioria dos quilombos
do Brasil, onde o escravo Francisco Antônio de Moraes, o “Chico Moleque”, por seu
trabalho em domingos e feriados, adquiriu sua liberdade, a de sua esposa e a de sua
filha, e parte da Fazenda Flores do Rio Verde, no ano de 1885, onde se originou o
quilombo do Cedro.
       Certificada pela Fundação Cultural dos Palmares como uma comunidade
remanescente de quilombo, em 2005, o Cedro tem a sua identidade de remanescentes de
quilombolas diretamente relacionada ao contexto histórico do surgimento da
comunidade. Vale destacar que ficou conhecido nacionalmente pelo trabalho dos seus
moradores desenvolvido através do Centro de Plantas Medicinais do Cedro, que
desenvolve remédios com plantas medicinais, baseado no conhecimento tradicional.
As festas religiosas dos cedrinos são muito conhecidas em Mineiros e região,
reunindo muitos fiéis na comunidade, comemoradas com novenas, danças, rezas,
fogueiras, comidas, etc. Nessas festas há um grande deslocamento de pessoas da área
urbana de e das fazendas vizinhas para o Cedro. Os preparativos das festas cedrinas
começam vários dias antes das festas e são carregados de expectativas.
       Além disso, a comunidade de remanescentes de quilombola do Cedro, tem uma
boa relação com o meio ambiente, essa relação é contemplada pela preocupação das
pessoas em preservar os fragmentos de cerrado que existem na área.
Localizada a menos de 5 km do centro da cidade e de fácil acesso, o quilombo é
uma ótima escolha pra quem gosta de turismo rural e histórico.

Principal Fonte de Pesquisa:
SILVA, Jesiel Souza. Levantamento etnohistórico da comunidade quilombola do Cedro – GO.
Uberlância: UFU, 2012.
SILVA, Martiniano José. Quilombos do Brasil central: violência e resistência escrava 1719-
1888. Goiânia: Kelps, 2008.

Por Déborah Irineu

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