É uma paisagem cênica, um lugar especial bem no coração do Brasil. Por ser de
grande profundidade, o lago é próprio para mergulhos, desde que seja com o uso de
equipamentos como botes, coletes salva-vidas além de apoio náutico. É um local
apropriado para quem quer estar em contato com a natureza exuberante. Também
apropriado para turistas de aventura.
O solo no fundo do lago é de rocha calcária, formada 1 bilhão de anos atrás. No
subsolo existem cavernas que os geólogos chamam de Dolina, uma depressão no solo
formada pela dissolução química das rochas calcárias abaixo da superfície.
Provavelmente houve essa ação no local e o teto da caverna desabou fazendo com que o
lago se formasse. A água vem diretamente do lençol freático. O que se vê é uma espécie
de funil invertido, a maior quantidade de água está no fundo.
Existe a lenda que o Lago Azul não tem fim. Moradores contam que já lançaram
uma âncora, com 350 metros de cabo, e não acharam o fundo, outros o chamam de
chupa-chupa porque a Lago Azul puxa para o fundo o que está na superfície. O lago é
um dos mais belos locais para a prática do mergulho em apneia (somente com o ar dos
pulmões), vale a pena conhecer, mas recomenda-se o acompanhamento de guias
especializados.
O Lago Azul fica a 42 km de Niquelândia, o acesso se dá pela GO 237, entrando
pelo Balneário Bucaína, seguindo por 25 km até a sede da Fazenda da Anglo American,
entra a direita e segue por mais 5km. O lugar fica dentro de uma fazenda, ainda
protegido por uma estreita faixa de mata ciliar, rodeada por campos de pastagem onde
antes era cerrado grosso. O lago é de fácil acesso, uma vez que se pode chegar de
automóvel bem perto do local, restando apenas uma caminhada de uns 100 metros. Esta
é feita por uma trilha íngreme, um pouco escorregadia, mas com um pouco de cuidado e
com ajuda de algumas raízes, funcionando como degraus, pode-se chegar ao lugar. O
funcionamento é das 8h às 17h, não funciona nos feriados e a entrada é franca.
Por Déborah Irineu
